Técnicos preparados parados para atender atingidos pela cheia |
Um total de 4.700 técnicos do setor primário em 24 municípios que sofreram prejuízos nas produções rurais por causa da cheia deste ano, já foram capacitados pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal (Idam). através de oficinas oferecidas pelo Sistema Sepror, em municípios polos, tendo como principal objetivo fazer com que todos os produtores tenham acesso facilitado às medidas de apoio implementadas pelo Estado, aos afetados pela enchente, entre as quais estão a Lei 4.037/2014, a Lei de Anistia, e a Operacionalização da Linha de Crédito Especial para os afetados pela Cheia 2014.
“As oficinas preparam os técnicos da Sepror e do Idam para
melhor atenderem os produtores rurais que buscam de apoio do Estado para
enfrentar os prejuízos provocados pela cheia. As medidas fazem parte da nova
política adotada pelo Governo do Estado”, declarou o secretário da Sepror, o
engenheiro agrônomo Valdenor Cardoso.
Cardoso participou pessoalmente de duas das oficinas: a de
Parintins (10 e 11 de julho), que reuniu técnicos da cidade, de Maués, Urucará,
Boa Vista do Ramos e Barreirinha; e a de Manacapuru (nos dias 17 e 18 de
julho), onde também foram capacitados técnicos de Vila Rica de Caviana, Beruri,
Anamã, Caapiranga, Anori, Codajás e Iranduba, além de Manacapuru.
“Com o esforço da estrutura do Governo do Estado, deseja-se
levar esta ação para todos os municípios devidamente reconhecidos com a
situação de emergência ou estado de calamidade pública. As ações são realizadas
com a intenção de efetuar o nivelamento técnico e propiciar o conhecimento aos
profissionais da área técnica do Instituto e demais parceiros. Com o esforço da
estrutura do Governo do Estado, deseja-se levar esta ação para todos os
municípios devidamente reconhecidos com a situação de emergência ou estado de
calamidade pública”, afirmou o gerente de crédito rural do Idam, Airton José
Schneider.
Nos dias 16 e 17, a oficina foi realizada em Manicoré e
contou com a participação de profissionais de Santo Antônio do Matupi, Humaitá,
Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte. A meta é que 35 famílias sejam
beneficiadas na região. Nos dias 3 e 4 de julho foi vez dos técnicos de Lábrea,
Boca do Acre, Pauini, Canutama e Tapauá receberem o curso. Na região outras 25
famílias serão atingidas pelas medidas do Estado.
Lei de Anistia – A Lei nº 4.037 foi publicada no
Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 26 de maio e foi concedida aos produtores
dos municípios que estão em estado de calamidade pública ou situação de
emergência. Pela lei, o Estado concedeu anistia total, parcial e renegociação
de dívidas contraídas junto à Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam)
aos produtores rurais que sofreram prejuízos com a cheia dos rios em 2014.
Parcelas já pagas não serão devolvidas pelo Estado.
Os produtores rurais adimplentes que fizeram financiamentos
com custeio ou investimento da Afeam terão anistia total. Terão acesso à
anistia parcial os produtores rurais adimplentes financiados com custeio ou
investimento da Afeam que não tiveram suas áreas dizimadas mas que foram
prejudicados pela enchente e chuvas. Em ambos os casos será necessária a devida
comprovação através de laudos do Instituto.
Cheia e situação produtiva – A cheia dos rios no
Amazonas atingiu mais de 226 mil pessoas, de acordo com a Defesa Civil do
Estado. Deste total, mais de 10 mil famílias de agricultores foram afetados. Ao
todo, 37 municípios já declararam situação de emergência e duas cidades, estado
de calamidade. Dados do Idam apontam que as culturas mais afetadas pela cheia
foram: banana, com perda de 85.769,5 toneladas; macaxeira 40.903,0 toneladas;
mandioca (farinha) 13.258,4 toneladas; maracujá 1.934,5 tonelada e milho
1.335,2 tonelada. Os prejuízos para a produção somam R$ 215.457.967,21.
Ainda de acordo com registros da Defesa Civil do Amazonas,
entre os 37 municípios que declararam situação de emergência estão: Guajará,
Ipixuna, Envira, Lábrea, Pauini, Apuí, Canutama, Manicoré, Novo Aripuanã,
Borba, Nova Olinda do Norte, Tapauá, Itamarati, Autazes, Urucará, Boa Vista do
Ramos, Itacoatiara, Anamã, Urucurituba, Careiro da Várzea, Caapiranga, Anori,
Parintins, Barreirinha, Nhamundá, Careiro Castanho, Manacapuru, Manaus e Maraã.
Os dois municípios que declararam estado de calamidade pública são Boca do Acre
e Humaitá. Para socorrer as vítimas da cheia, a Sepror entregou 7.454,10
toneladas de sementes de hortaliças e de frutas aos agricultores familiares que
registraram perdas com a cheia.
Fonte: Correio da Amazônia