O Governo do Amazonas, por meio do Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Amazonas (Subcomadec), já enviou aos municípios afetados pela cheia cerca de 150 toneladas de alimentos não perecíveis, que são transportados por meio de embarcações e aeronaves.
Também foram enviados 20 mil kits de higiene, cinco mil kits de dormitório (colchões, rede, lençóis, travesseiro e cobertor), 50 mil litros de água mineral, 10 kits com 19 itens de medicamentos, 200 caixas de hipoclorito de sódio, 50 barracas de campanha para os desabrigados, além do suporte de combustível, gás e transporte para logística.
Situação de emergência – O Governo do Amazonas homologou a situação de emergência, nesta quinta-feira, 13 de março, para os municípios de Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, da Calha do Madeira, como medida preventiva e de socorro. Além desses municípios, já decretaram situação de emergência: Guajará, Ipixuna e Envira, na calha do Juruá; Boca do Acre, Pauini, Canutama, Lábrea, na calha do Purus; e Apuí, na calha do Madeira (rio Aripuanã).
O município de Humaitá está em calamidade e já obteve o reconhecimento estadual e federal. Humaitá enfrenta o desabastecimento de gás, energia, combustível e diversos itens da cesta básica. O nível do rio Madeira continua subindo uma média de seis centímetros por dia. A cota do rio, em 13 de março de 2014, foi de 25,01 centímetros, sendo a maior cota já registrada na historia da região, e a previsão da precipitação deve se manter acima do normal climatológico até a última semana de março, segundo estudos do Centro de Estudos de Monitoramento e Observações Ambientais do Subcomando (Cemoa).
Dois municípios estão em alerta: Eirunepé e Autazes. Nove municípios estão em situação de atenção: Parintins, Barreirinha, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá, Urucará, Boa Vista do Ramos, Maués, Itacoatiara e Urucurituba. A quantidade de pessoas afetadas chega a 66.754, sendo 13.349 famílias afetadas.
Orientação – O secretario de Defesa Civil do Estado, coronel Roberto Rocha, orienta a população sobre a validade dos produtos que serão doados, principalmente de alimentos. “Para as pessoas que querem colaborar com a Defesa Civil, eu peço que elas busquem orientação junto às coordenadorias de Defesa Civil do Município ou do Estado, pois o prazo de validade das doações de alimentos não pode ser menor que seis meses, pois o alimento perecível é totalmente inviável para armazenamento. Caso alguém queira fazer alguma doação de roupas, fiquem atentos para a qualidade e higiene do produto”, frisou.
A equipe técnica da Defesa Civil do Estado foi enviada na manhã do dia 12 de março para o município de Lábrea, Pauini e Canutama, para fazer a avaliação de necessidades e danos causados pelo desastre. Os municípios afetados recebem a assessoria da Defesa Civil estadual, além de acompanhamento e coordenação para o enfrentamento ao desastre. Os cursos de capacitação para agentes de Defesa Civil no Estado continuam suspensos até o retorno da normalidade na região.
Conferência – O Governo do Amazonas vai realizar nos dias 20 e 21 de março, a 1ª Conferência Estadual de Proteção e Defesa Civil do Amazonas. O evento será coordenado pelo Subcomado de Ações de Proteção e Defesa Civil do Amazonas (Subcomadec). O encontro irá reunir representantes da sociedade civil, do poder público, dos conselhos estaduais e da comunidade científica. Além dos convidados de varias entidades, o público em geral poderá participar do evento como ouvinte, sem direito a voz e a voto.
A conferência tem o objetivo de reunir 62 municípios e focar o tema “Proteção e Defesa Civil: Novos Paradigmas para o Sistema Nacional”. As inscrições estão sendo feitas via e-mail (inscricaocepdc@gmail.com). A ficha de inscrição encontra-se disponível no site do Subcomadec (www.defesacivil.am.gov.br) até 14 de março.
O objetivo desta primeira edição regional é promover e fortalecer a participação, o controle social e a integração das políticas públicas relacionadas à Defesa Civil e também eleger delegados para representarem os municípios da região na Conferência Nacional do setor, que acontecerá de 27 a 30 de maio, em Brasília.
O presidente da comissão organizadora do evento, o secretário de Proteção e Defesa Civil do Amazonas, Roberto Rocha, explica que a Conferencia está sendo pautada com cautela, pois, nesse momento, o Amazonas enfrenta e responde ao desastre causado pela cheia dos rios e certamente impossibilita a presença de vários representante de coordenadorias que trabalham na resposta ao desastre em seus municípios, que somam mais de 20 coordenadorias, cerca de 30% dos participantes diretos.
Fonte: amazonas.am.gov