Representantes do Conselho de Consumidores da Eletrobras Amazonas
Energia, divididos em cinco classes (Residencial, Comercial, Rural, Industrial
e Poder Público) participaram na manhã desta quinta-feira (19) do primeiro
encontro estadual de usuários de energia no Estado realizado com apoio da
Associação Amazonense de Municípios (AAM), que atualmente presidente o órgão,
na sede da companhia em Manaus.
Durante a reunião realizada na sede da companhia em Manaus, foi
apresentado o novo modelo de tabelas tarifárias que entrará em teste no
primeiro semestre no Estado e em pleno funcionamento em 2015.
O sistema já em fase de implantação em outras cidades do País e recebeu
esse nome (bandeira tarifária) porque usa bandeiras nas cores verde, amarela e
vermelha para informar com antecedência aos consumidores, via conta de luz,
quando houver alta no custo da energia produzida no Brasil. O objetivo é dar a
oportunidade para que as pessoas, no caso de encarecimento do insumo, reduzam o
consumo para evitar aumento de despesa no mês seguinte.
Pela regra, a conta de luz virá com bandeira verde quando o custo da
energia estiver abaixo de R$ 200 por megawatt-hora (MWh). Entre R$ 200 e R$ 349
o MWh, surge a bandeira amarela. De R$ 350 para cima, aparece a bandeira
vermelha.
O repasse do custo pelo uso das termelétricas também seria representado
por meio das bandeiras. Quando a bandeira estiver amarela, o consumo de energia
em um mês vai implicar num acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 kilowatts-hora
(kWh), que será cobrado na conta de luz do mês seguinte. Quando a cor da
bandeira for vermelha, essa alta será de R$ 3 para cada 100 kWh.
De acordo com o representante da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) presente ao encontro, Gustavo Nery, levantamento realizado pelo órgão
este ano indica que todos os estados brasileiros tem tarifas altas.
Questionado pelo representante do Poder Público e diretor da Associação
Amazonense de Municípios, Beto Mafra, sobre as constantes faltas de energia em
Manaus e nas demais cidades do Estado, o diretor da Amazonas Energia, Lúcio
Fernandes, explicou que apesar dos constantes investimentos realizados pela
empresa, o alto número de ligações clandestinas prejudica a melhoria do
fornecimento para a população.
“Precisamos rever as prioridades e investimentos porque o interior do
Estado não consegue ser bem atendido e isso prejudica todos os setores da
economia e do desenvolvimento social de nossos irmãos que estão fora da
capital”, destacou Mafra.
No encontro também foram debatidas conquistas e avanços
do programa federal Luz Para Todos no Amazonas e novos projetos para o setor.