De acordo com a organizadora, movimentos nos municípios de Maués e Itacoatiara já informaram que também realizarão atos públicos no dia 11 de julho.
Manaus – Os professores e trabalhadores da rede estadual e municipal de ensino (Seduc e Semed) irão paralisar as atividades no próximo dia 11 de julho e realizar uma manifestação.
Segundo o itinerário informado pela organização do movimento, a concentração dos manifestantes será na Prefeitura, às 8h, onde será cantado o hino nacional e será entregue a pauta de reivindicações. Às 9h30, grupo seguirá em passeata pela Avenida Brasil, no bairro Compensa, até a sede do governo do Amazonas, onde os requerimentos da categoria também serão entregues.
Entre as principais pautas reivindicadas no dia do ato estão plano de saúde, auxílio alimentação e vale transporte para a rede estadual. Para a rede municipal, questões como a atualização do auxílio alimentação ao valor da cesta básica, diminuição do número de alunos por sala, entre outras, serão tratadas. A antecipação do reajuste salarial de 10%, que foi parcelado em junho e dezembro deste ano, está sendo reivindicado pelos dois eixos.
A professora Darlem Lucia Oliveira, uma das organizadoras do movimento, informou que é a primeira vez que a categoria se une sem representar sindicatos ou associações. “Nos juntamos através das redes sociais e percebemos que muitos colegas não representam sindicatos. Então decidimos, em assembleia, que seria um movimento independente”, explicou.
No dia 24 de maio, aproximadamente mil profissionais manifestaram em frente à sede do governo do Amazonas. Neste dia, a principal pauta também era antecipação do reajuste.
“Nossa database, que para o Estado é no mês de março, é a que mais atrasa. Queremos logo atingir a meta de 10% de reajuste para o próximo mês de julho. A primeira parcela já foi paga em junho, de 6,31%, com retroativo a março, mas, em dezembro não há retroativo, nem juros em relação ao atraso na database”, disse Darlem.
Darlem também alegou que a participação dos trabalhadores relacionados à rede de ensino, como os vigias, as merendeiras, auxiliares administrativos, bibliotecários e outros, é essencial para o movimento. “Temos escolas com problemas de segurança e péssimas condições de trabalho, precisamos alertar todos. Os pais de alunos também estão convidados a participar.
A professora, que leciona na rede municipal e estadual, afirmou que o movimento iniciou pelos trabalhadores da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc) e já conta com a adesão de 80 escolas estaduais, além de 2 mil assinaturas de professores que aprovaram as pautas reivindicadas pela classe. “Os trabalhadores da rede municipal foram agregados porque também se uniram nas redes sociais e pediram para se juntar ao protesto”, disse Darlem.
De acordo com a organizadora, movimentos nos municípios de Maués e Itacoatiara já informaram que também realizarão atos públicos no dia 11 de julho.
A paralisação dos professores e trabalhadores de educação também vai se unir a outras manifestações no dia 11 de julho, como o Movimento Passe Livre Manaus e o Movimento Independente, no Largo São Sebastião.
Semed e Seduc
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) declarou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a paralisação dos professores e trabalhadores da rede de ensino.
A assessoria ressaltou que as demandas oficiais das paralisações sempre são comunicadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Amazonas (Siteam). A nota concluiu que a Secretaria reitera o respeito às manifestações que vem ocorrendo pacificamente em todo o Brasil.
A assessoria da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc) informou que não possui uma posição oficial sobre a paralisação do dia 11 de julho e que irá decidir sobre o assunto no término do recesso escolar, na próxima segunda-feira (8).
Fonte: D24am