Na audiência pública que debateu hoje (20) o pedido da empresa de comércio online Amazon para registrar o domínio exclusivo desse termo na rede mundial de computadores, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB/AM), defendeu maior investimento para melhorar a qualidade da internet banda larga na região amazônica. Segundo ele, a inclusão digital na região é essencial para que a população amazônica possa ter informações sobre fatos como o pedido de patente solicitado pela empresa.
“Está chegando ao Amazonas, e a Manaus, especificamente, uma fibra óptica através do Linhão de Tucuruí. No entanto, chegar a Manaus é apenas um passo, pois um estado com dimensões continentais, falando só do Amazonas, chegar a Manaus é não chegar sequer a 3% do território do estado. Portanto, chegar a todas as nossas cidades da Amazônia é um grande desafio”, disse.
A audiência pública foi realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado. Braga sugeriu que a instância envie documento ao Itamaraty, para ser divulgado no exterior, sobre a necessidade de inclusão digital na Amazônia e a proteção do nome da região perante a tentativa de registro de domínio por empresas estrangeiras.
“É preciso ver essas questões abusivas com patentes, com domínios, que se utilizam de uma marca e de uma região que não pertence aos estrangeiros, pertence àqueles que vivem naquela região”, comentou.
Ato
A realização da audiência pública na CRE foi requerida pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM). Ontem (19), ela presidiu ato de lançamento da campanha Nossa Amazônia, que vai recolher assinaturas contra o pedido de domínio do nome Amazon (Amazônia em inglês). As assinaturas serão entregues na reunião do comitê gestor de governos da Corporação da Internet para Designação de Nomes e Números (ICAAN), que ocorre no mês de julho, na África. Para participar da campanha, basta acessar o site www.nossaamazonia.org.br.
Ontem, ao participar do ato, Eduardo Braga considerou oportunista a pretensão da Amazon de registrar o domínio na internet.
“O nome Amazônia como uma propriedade, como um domínio da internet, de forma a explorar economicamente e comercialmente o nome, só pode ser oportunismo. Principalmente quando uma empresa que não pertence à nossa região, não está na Amazônia e não contribui na Amazônia, faz isso por marketing e oportunismo empresarial”, disse.
Assessoria de Imprensa