Decretada pela Prefeitura, o estado de emergência tem validade de 90 dias e abre precedente para o pedido de recursos financeiros ao Estado e União.
Cheia em anos anteriores. Foto: Arquivo Portal |
Manaus - A cheia amplia a situação de emergência no Estado. Conforme a Defesa Civil e o Diário Oficial do Estado (DOE), 31 municípios haviam decretado situação de emergência até a última terça-feira. Manaquiri, Boa Vista do Ramos e Barreirinha estão entre os últimos a entrar nessa condição. Decretada pela Prefeitura, o estado de emergência tem validade de 90 dias e abre precedente para o pedido de recursos financeiros ao Estado e União.
A condição permite ainda ao Poder Público entrar nas casas afetadas a qualquer hora do dia, mesmo sem autorização do proprietário, determinar evacuação se houver necessidade, e interditar propriedades, inclusive particulares para evitar riscos à vida.
Com a cota do Rio Negro em 29,21 metros nessa quartra-feira, índice 76 centímetros abaixo do registrado no mesmo período do ano passado (29,97 m), as águas sobem em média dois centímetros por dia. No ano passado, a média de subida do rio era de um centímetro.
Conforme dados da Defesa Civil, atualizados no último dia 23, cerca de 148.828 pessoas, distribuídas em 29.759 famílias, já foram afetadas pela enchente no Estado. Envira, Eirunepé, Guajará, Ipixuna, Carauari, Itamarati, Apuí, Canutama, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Santo Antonio do Içá, Manaquiri, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Manacapuru, Jutaí, Anori, Anamã, Fonte Boa, Amaturá, Tonantins, Maraã, Japurá, Tefé, Uarini, Urucurituba, Juruá, Coari, Iranduba e Manaus compõem a lista de municípios com situação de emergência.
Na segunda próxima, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgará o 3º alerta de cheia para a cidade de Manaus, feito com base em informações de diversos órgãos de monitoramento climático. Durante o segundo alerta realizado no último dia 2, o órgão previu que a enchente ficaria entre 28,76 m e 29,46 m.
Fonte: D24am