Presidente do TCE, Érico Desterro, vai comunicar ao Ministério Público sobre os inadimplentes |
O recebimento de prestações de contas referentes ao ano de 2012, dos gestores públicos, pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), foi prorrogado para até às 17h desta segunda-feira (1º), por decisão do presidente do órgão, conselheiro Érico Desterro
Até as 11h desta segunda-feira, 270 - de um total de 347 gestores - haviam encaminhado a documentação ao TCE-AM. Ao todo, 77 gestores continuam inadimplentes.
“Antes de levar ao conhecimento do MPE (Ministério Público do Estado do Amazonas) vou dar um prazo aos gestores atrasados”, ressaltou Érico Desterro, que decidiu na manhã desta segunda-feira prorrogar a entrega até as 17h.
Diante da inadimplência dos municípios do interior, o conselheiro Érico Desterro voltou a afirmar que o não envio das prestações por parte dos gestores deverá prejudicar o trabalho de inspeção que o tribunal inicia em duas semanas.
“Temos um calendário de inspeções e, se as contas não forem entregues, compromete a programação. Por isso, iremos ao MPE contra os inadimplentes, que cometem os crimes de responsabilidade e improbidade administrativa ao deixar de prestar contas do dinheiro público”, comentou.
Até esta manhã, entre os que faltavam entregar a prestação de contas estavam 39 prefeituras e 19 câmaras municipais. Das prefeituras inadimplentes, 22 estão incluídas no plano de inspeção do TCE que inicia no próximo dia 15 de abril, são elas: Alvarães, Apuí, Atalaia do Norte, Autazes, Barcelos, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Boca do Acre, Caapiranga, Carauari, Codajás, Guajará, Itapiranga, Lábrea, Maraã, Nhamundá, Novo Airão, Paiuni, São Gabriel da Cachoeira e São Paulo de Olivença. Da administração direta do governo do Estado só quem não entregou a prestação foi a Secretaria do Trabalho (antiga Setraci) e SPA Políclínica Dr. Danilo Corrêa.
Para o secretário-geral de Controle Externo do TCE, Pedro Augusto, a não entrega das prestações causa um grande dano público, porque atrapalha todo um cronograma, que envolve não somente dinheiro público, mas também pessoal e tempo.
“Se o gestor não encaminha a prestação, o Tribunal comunica à Câmara, que deverá criar uma comissão para tomar as contas do prefeito em um prazo de 30 dias. Se isso não for feito depois desse prazo, o TCE vai ao município e faz a tomada de contas especial. Tudo isso gera dano porque o trabalho não anda”, comentou.
Fonte: D24am