Crédito Emergencial auxilia agricultores de Boa Vista do Ramos


Quase 270 projetos referentes às atividades de agricultura, pecuária, suinocultura e meliponicultura foram aprovados no município de Boa Vista do Ramos. Eles fazem parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Emergencial), promovida pelo governo do Estado em parceria com o governo Federal.
No último dia 22, sexta-feira, a Unidade Local (Unloc) do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas – Idam, realizou um dia de ação de crédito onde foram beneficiados 101 agricultores familiares, com financiamento equivalente a R$ 511.626,17, pelo Banco da Amazônia. Na ocasião, outras 168 famílias, que apresentaram projetos ano passado, também foram contempladas. O montante foi na ordem de R$ 813.360,00. A verba será entregue até a próxima sexta-feira, 1º. de março.
Segundo o gerente da Unloc, Alexandre Lobo, os recursos são bastante significativos e impactam, principalmente, nas atividades rurais atingidas pela seca. “O dinheiro possibilita aos agricultores familiares se adequarem a fim de que possam sentir menos os efeitos da estiagem”, reforçou o gerente.
O agricultor José Lemos Tavares, da comunidade Santo Antonio do Urubu, foi contemplado com R$ 11.300,00. Com o dinheiro, ele pretende aumentar o meliponário iniciado há 10 anos e triplicar a produção do mel, que hoje tá em média de 200 quilos/ano.
O pecuarista Luciano Monteiro Rolim, da comunidade Bom Jesus da Boca da Estrada, também ficou satisfeito em ter o projeto aprovado. Ele disse que sem a ajuda do Idam, seria impossível manter a pecuária na região. Ele comemorou o incentivo e promete correr atrás do prejuízo, para melhorar a renda da família. “O crédito é a forma de manter a pecuária, a lavoura... As atividades da gente", disse.
Crédito Emergencial – Benefício destinado aos agricultores do setor primário que foram afetados com a enchente de 2012. O acesso ao crédito é intermediado pelo Governo do Amazonas com apoio do Governo Federal, por meio do Banco da Amazônia. Para os grupos de agricultores familiares, o limite de financiamento vai até R$ 12 mil, com juros de 1% ao ano, e, pagando até a data do vencimento há um desconto de 40%.
Já para os agricultores (não familiares), o limite é de até R$ 100 mil, com taxas de juros de 3,5% ao ano, oito anos de prazo, também com três anos de carência. Os empresários da atividade agropecuária também terão limite de crédito de até R$ 100 mil, com juros de 3,5% ao ano. A diferença é o prazo de carência, de um ano.