Foto: Ascom/ MDA |
Mais de 30 horas e três mil quilômetros separam o artesanato de 30 trabalhadoras da Associação de Mulheres Artesãs (AMA) da VIII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - Brasil Rural Contemporâneo 2012.
É no simpático e distante município de Boa Vista do Ramos, situado a cerca de 300 quilômetros da capital amazonense, Manaus, que sai a produção dessas mulheres e uma das mais belas comprovações do êxito e da satisfação do trabalho comunitário.
Para as artesãs da AMA, comunidade rural criada em 2000, não existem distâncias, nem clima ruim, nem problemas pessoais que as impeçam de mostrar as peças de artesanato que garantem a sobrevivência de suas famílias.
Depois de participarem de pequenos eventos, a maioria dentro do estado, as artesãs de Boa Vista do Ramos dão, agora, um salto mais ousado ao marcar presença na oitava edição do Brasil Rural Contemporâneo 2012, no Rio de Janeiro (RJ), de 21 a 25 de novembro.
Elas vão vender cerca de 500 objetos de cerâmica; 100 sabonetes; 50 miniaturas feitas de cipó; 50 sandálias do tipo havaiana, enfeitadas com pano; além de dezenas de agendas; camisetas bordadas com miçangas; panos de copa; bonecas de pano e enfeites em material reciclado, entre outros produtos.
O caminho até a Feira
A primeira viagem de barco dura 27 horas, entre Boa Vista do Ramos e Manaus. Em seguida, os produtos enfrentam um percurso aéreo de mais de 2,8 mil quilômetros, ou 3 horas e meia, que separam as capitais do Amazonas e do Rio de Janeiro. Maria de Nazaré da Silva Ribeiro é a representante da AMA que estará nessa viagem e no estande instalado na Feira, na Marina da Glória, Zona Sul da capital fluminense.
“Estamos muito ansiosas porque, até agora, só vendíamos para comerciantes da região e sabemos que o público da feira é muito maior. Estamos há muito tempo aguardando essa oportunidade”, afirma.
“Nossa expectativa, é de que a gente venda bastante; mas também queremos muito que os nossos produtos sejam mais conhecidos. Boa Vista é um município pequeno onde há muitas comunidades que fazem um artesanato muito bonito, porém pouco divulgado”, diz a diretora da AMA, Nilda Pereira de Menezes.
Com informações http://www.mda.gov.br