Deputado Sidney Leite diz que beneficiários são forçados a aceitar o bilhete.
Em Maués, beneficiários do programa social Bolsa Família, do Governo Federal, denunciaram que são obrigados a receber parte do dinheiro em “raspadinha” de pequenos valores, de R$ 2 e R$ 3, para complementar o valor total do benefício, que é pago numa casa lotérica.
São 7.593 pessoas cadastradas que precisam enfrentar uma fila de espera, na rua, de pelo menos 12 horas. O deputado estadual Sidney Leite (DEM) recebeu as denúncias e encaminhou, nessa sexta-feira (13), um ofício à Superintendência da Caixa Econômica Federal, em Manaus, pedindo providências. Leite também conversou por telefone com o superintendente da Caixa, Paulo Henrique Souza. O parlamentar afirmou que também apresentará denúncia à Polícia Federal sobre o caso, uma vez que as pessoas estão sendo obrigadas a levar bilhetes da loteria raspadinha, um claro desvio do dinheiro do beneficiário para a compra do jogo.
Os denunciantes relataram que precisam chegar às 22h na fila da lotérica para serem atendidas às 10h da manhã do dia seguinte.
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda. O público-alvo são famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, com renda mensal, por pessoa, inferior a R$ 70. O benefício varia de R$ 32 a R$ 306, de acordo com a renda mensal da família, o número de crianças, de adolescentes, gestantes e outros itens. Os valores são pagos diretamente aos beneficiários ou aos responsáveis legais, no caso de menores de idade não emancipados. Os pagamentos são feitos pela Caixa ou nas redes de lotéricas.
Fonte: Acrítica