A proximidade do encontro da Rio+20 expõe a cada momento as contradições internas que o país e seus inúmeros regionalismos cultivados, de múltiplos meios ambientes – está cada vez mais claro que o país “é mais de um” e exige uma leitura diferente dessa em que está engessado e que o reduz a um bloco uniforme, visto do lato, do Planalto Central.
Ontem, nas comemorações do Dia do Meio Ambiente, a presidente esmerou-se, mesmo gripada, a tentar equilibrar as diferenças, em um discurso de 25 minutos, cujo teor privilegiou, também, a desiludir “quem aposta na crise, como alguns apostaram há quatro anos atrás, vai perder de novo. Enfrentaremos novas dificuldades com transparência, sem esconder problemas. [...] Vamos continuar crescendo, incluindo, protegendo o meio ambiente. [...] As medidas necessárias estão sendo tomadas e ainda temos um arsenal de providências que serão adotadas quando necessário”.
Algumas providências já estão sendo adotadas: candidata a ser a única presidente do Brasil pós-ditadura a não estabelecer nenhuma unidade de conservação, Dilma anunciou a criação de um parque nacional no Rio Grande do Norte e uma estação ecológica no Paraná... e esbarrou numa dessas contradições nacionais internas: a estrela do pacote, uma estação ecológica de 700 mil hectares em Maués, aqui no Amazonas, não pôde ser criada, por oposição do governo do Estado, por se tratar de uma dessas novidades, a “lei das compensações”, que na prática significa “eu destruo aqui e ponho remendo ali”. Em Manaus, por exemplo, o comércvio imobiliário se beneficia muito disso, descaracterizando a cidade.
A estação ecológica de Maués seria uma compensação do governo federal por cinco unidades de conservação reduzidas no Pará para abrigar hidrelétricas do complexo Tapajós. Isso tornaria intocável 16% do município. O governador Omar Aziz tem uma outra leitura dessa “compensação” e quer pô-la na mesa para discussão, com o que concorda a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. Até Maués pesa na Rio+20, que continua sem uma agenda muito clara de intenções.
Ontem, nas comemorações do Dia do Meio Ambiente, a presidente esmerou-se, mesmo gripada, a tentar equilibrar as diferenças, em um discurso de 25 minutos, cujo teor privilegiou, também, a desiludir “quem aposta na crise, como alguns apostaram há quatro anos atrás, vai perder de novo. Enfrentaremos novas dificuldades com transparência, sem esconder problemas. [...] Vamos continuar crescendo, incluindo, protegendo o meio ambiente. [...] As medidas necessárias estão sendo tomadas e ainda temos um arsenal de providências que serão adotadas quando necessário”.
Algumas providências já estão sendo adotadas: candidata a ser a única presidente do Brasil pós-ditadura a não estabelecer nenhuma unidade de conservação, Dilma anunciou a criação de um parque nacional no Rio Grande do Norte e uma estação ecológica no Paraná... e esbarrou numa dessas contradições nacionais internas: a estrela do pacote, uma estação ecológica de 700 mil hectares em Maués, aqui no Amazonas, não pôde ser criada, por oposição do governo do Estado, por se tratar de uma dessas novidades, a “lei das compensações”, que na prática significa “eu destruo aqui e ponho remendo ali”. Em Manaus, por exemplo, o comércvio imobiliário se beneficia muito disso, descaracterizando a cidade.
A estação ecológica de Maués seria uma compensação do governo federal por cinco unidades de conservação reduzidas no Pará para abrigar hidrelétricas do complexo Tapajós. Isso tornaria intocável 16% do município. O governador Omar Aziz tem uma outra leitura dessa “compensação” e quer pô-la na mesa para discussão, com o que concorda a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. Até Maués pesa na Rio+20, que continua sem uma agenda muito clara de intenções.
Fonte: Em Tempo