Efraim e família chegando a Barreirinha |
Uma família remanescente de Quilombolas composta por quatro pessoas realizou uma longa viagem de Barreirinha/Boa Vista do Ramos/Barreirinha a bordo de uma canoa – embarcação típica da Amazônia-, durante quatro dias, a distância percorrida entre as duas cidades em linha reta fica em aproximadamente 60 km e pelo percurso que fizeram a distância é de 104 km, já que viajaram pelo Rio Andirá, Paraná do Massauary e Igarapé do Poraquê.
Viagem de ida
Segundo o senhor Efraim de Castro, o chefe da família, eles saíram de Barreirinha pelo porto do Pucú às 9 da manhã, mas ao atravessar o Rio Andirá o motor rabeta deu vazamento, obrigando os mesmos a se dirigirem até Trindade, aonde chegaram as 13:00 horas para trocar por outro motor. Próximo ao distrito de Piraí foram surpreendidos por uma tempestade.
Segundo o senhor Efraim de Castro, o chefe da família, eles saíram de Barreirinha pelo porto do Pucú às 9 da manhã, mas ao atravessar o Rio Andirá o motor rabeta deu vazamento, obrigando os mesmos a se dirigirem até Trindade, aonde chegaram as 13:00 horas para trocar por outro motor. Próximo ao distrito de Piraí foram surpreendidos por uma tempestade.
Comunidade do Prego no Paraná do Massauary, no caminho da família |
Às 18:45 chegaram a comunidade do Anhinga na casa de seu cunhado já no município de Boa Vista do Ramos, onde pernoitaram.
Às 7 da manhã se dirigiram ao porto de uma fazenda onde se localiza uma estrada de nome Poraquê, esta viagem do Aninga até a estrada durou uma hora, chegando à estrada pegaram uma carona com um motoqueiro que lhes cobrou 10 reais pela passagem que durou uma hora, chegaram a Boa Vista do Ramos às 10 da manhã.
Viagem de volta
Continua contando Efraim, quarta feira às 17:00 horas saímos de Boa Vista do Ramos, 18:30 caminhávamos pela estrada quando chegamos numa região coberta por mata virgem, uma cobra Surucucu deu um bote mas errou, foi grande o susto, mas continuamos nossa caminhada, chegamos ao bote às 19:00 horas, noite fechada.
Continua contando Efraim, quarta feira às 17:00 horas saímos de Boa Vista do Ramos, 18:30 caminhávamos pela estrada quando chegamos numa região coberta por mata virgem, uma cobra Surucucu deu um bote mas errou, foi grande o susto, mas continuamos nossa caminhada, chegamos ao bote às 19:00 horas, noite fechada.
Pegamos o bote e saímos em direção a casa do meu do cunhado localizada no pequeno vilarejo de nome Anhinga, era 8:20, pernoitamos lá.
São Bento, mais uma comunidade no caminho |
No dia seguinte saímos às 12 horas e fomos para uma casa no Paraná do Massauary atrás de um neto e dessa casa saímos às 13 horas, às 17 horas chegamos na comunidade Quilombola de Trindade já no Rio Andirá, saímos de Trindade às 18:30 e fomos para outra comunidade Quilombola chamada de Boa Fé, onde chegamos às 19:30 onde pernoitamos.
Às 5:30 da manhã saíram de Boa Fé com destino a Barreirinha onde chegaram às 8 horas da manhã. Efraim conta que o gasto dessa viagem ficou em aproximadamente em 50 reais, fora a alimentação, isto é uma grande economia por que se for fazer o mesmo itinerário pelo Paraná do Ramos em embarcação de recreio a passagem por pessoa sai por 20 reais.
São João do Massauary, última comunidade avistada pelos viajantes |
Ele finaliza, se fosse os quatro pelos barcos que fazem linha entre Barreirinha e Boa Vista do Ramos pagaria aproximadamente 150 reais, então é negócio eu ir de canoa. Ele conta também que em anos anteriores já fez uma viagem de canoa entre Barreirinha até Maués, mas isso é outra história.
Fonte: Baeturismo