O prefeito é acusado de sacar indevidamente cerca de R$ 1,03 milhão dos cofres da prefeitura. Elmir Mota (PSD) e o vice, Glauciomar Correa, estão afastados do cargo desde o dia 20 de dezembro.
Manaus - O prefeito interino de Boa Vista do Ramos, vereador Marlon Trindade (PT), protocolou, nesta segunda-feira (26), na Polícia Federal (PF) e no Ministério Público do Estado (MPE) denúncias contra o prefeito Elmir Mota (PSD). O titular é acusado de sacar indevidamente cerca de R$ 1,03 milhão dos cofres da prefeitura. Mota e o vice, Glauciomar Correa (PSD), estão afastados do cargo desde o dia 20, por suspeitas de improbidade administrativa. Segundo Trindade, o pagamento dos servidores públicos está comprometido devido a retirada da verba.
Marlon Trindade apresentou extratos das contas da prefeitura. Segundo o documento, no mesmo dia em que foi afastado, Mota teria sacado cerca de R$ 396 mil, sendo que R$ 150 mil foram retirados em espécie, diretamente no caixa. Entre os saques atribuídos a Elmir Mota, o vereador lista a retirada de R$ 241 mil do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), R$ 727 mil do Fundo de Participação do Município (FPM) e ainda R$ 21 mil destinados a merenda escolar.
O prefeito interino pede a PF e ao MPE a retomada do montante sacado. Trindade afirma que, sem a verba, o pagamento dos servidores da educação, agentes comunitário de saúde, médicos, enfermeiros e outros profissionais está comprometido. “Vamos nos reunir com o governador Omar Aziz (PSD) para ver se há como o Estado sanar essas dívidas, enquanto nada é resolvido”, afirmou.
Estado de emergência
O prefeito interino de Boa Vista do Ramos, Marlon Trindade, também decretou estado de emergência no município por 90 dias. Conforme o decreto publicado no Diário Oficial dos Municípios do Amazonas nesta segunda, Trindade justifica a medida dizendo ter encontrado uma situação anormal na área de saúde, educação, infra-estrutura e ação social no município. Ele também lista a falta de contratação de médicos e compra de medicamentos para a zona rural do município.
Com o decreto, a prefeitura de Boa Vista do Ramos fica livre de fazer licitação para compras, contratação de pessoal e serviços.
Fonte: D24am